7 “pecados capitais” a evitar para poupar no empréstimo da casa

Erros frequentes que pesam nos encargos totais do empréstimo da casa

Não negociar, não conhecer com detalhe os encargos do empréstimo da casa ou não alertar o banco em caso de dificuldades financeiras. Eis alguns exemplos de erros cometidos com frequência por quem tem um crédito à habitação e que podem traduzir-se em milhares de euros no final do prazo de financiamento. Saiba como evitá-los.

Antes da contratação de um empréstimo da casa, é comum os clientes bancários realizarem um estudo das ofertas existentes no mercado: consultam vários bancos, pedem diferentes simulações, expõem as suas garantias e esgrimem argumentos para negociar as melhores condições, com o objetivo final de conseguirem negociar o crédito à habitação mais barato.

Mas depois de assinado o contrato de crédito muitas famílias “baixam os braços”. Isto é: limitam-se a pagar as prestações mensais, sem nunca renegociarem as condições do seu financiamento ou tentarem encontrar soluções que lhes permitam reduzir os seus encargos financeiros. Nada de mais errado.

Sendo o crédito à habitação a dívida que mais pesa nos orçamentos das famílias e aquela cujo pagamento se prolonga por mais tempo, os clientes devem manter-se atentos às condições vigentes no mercado e perceber se existe (ou não) alguma forma de diminuírem as despesas associadas ao seu empréstimo da casa.

Conheça os principais “pecados” financeiros cometidos pelas famílias com o crédito habitação e saiba como evitá-los, para poupar dinheiro ao longo do tempo.

Erros frequentes que pesam nos encargos totais do empréstimo da casa

Tem um crédito à habitação? Então evite estes erros e poupe muitos euros nos encargos totais com o empréstimo da casa. O segredo está na adoção de uma postura ativa e de conhecimento das condições oferecidas pelo mercado a cada momento.

  1. Manter o crédito no mesmo banco até ao fim do empréstimo

    Contratar um crédito à habitação é quase como celebrar um casamento: ambas as partes – cliente bancário e instituição de crédito – esperam manter uma relação duradoura até ao final de vida do empréstimo. Mas isso não significa que esta relação tenha de durar para sempre.

    Os clientes bancários podem transferir o seu empréstimo da casa para outro banco que ofereça melhores condições financeiras. Ao fazê-lo, o seu perfil de cliente será novamente avaliado, o seu imóvel será sujeito a uma nova avaliação e terá de ser feita uma nova escritura. Importa ainda ter em conta que alguns bancos só aceitam fazer a transferência caso a dívida do empréstimo esteja acima de um determinado montante.

    Através deste simulador conseguirá perceber quanto consegue poupar ao transferir o seu crédito à habitação para outra instituição.

  2. Não olhar para o extrato bancário

    Se não souber quais as comissões que está a pagar, os prémios dos seguros suportados ou o valor do spread aplicado ao seu crédito à habitação, dificilmente conseguirá perceber se está a suportar encargos demasiado elevados face às condições que estão a ser oferecidas pelo mercado.

    É, por isso, importante analisar os extratos bancários e apurar as condições fixadas pelo seu banco. Só conhecendo as características e encargos da sua dívida estará capacitado para poder negociar melhores condições com o seu banco ou com instituições concorrentes.

  3. Não renegociar as condições do empréstimo habitação

    Ao longo da vida do empréstimo habitação, o cliente bancário pode alterar as condições inicialmente contratadas (desde que exista um acordo com o banco), solicitando:

    • uma revisão do spread,
    • uma alteração do prazo do indexante,
    • uma mudança do regime de taxa de juro,
    • um novo prazo do financiamento,

    E, na verdade, esta renegociação pode ajudá-lo a poupar milhares de euros. Imagine, por exemplo, que no ano em que celebrou o contrato de crédito, o melhor spread obtido foi de 1,8%. No entanto, passados cinco anos – e devido às alterações do mercado que levaram os bancos a praticar condições de financiamento menos restritivas – as instituições de crédito passaram a oferecer spreads no valor de 0,8%.

    Pois bem, se conseguir renegociar o valor do spread poderá baixar consideravelmente os encargos mensais. Vamos às contas: uma redução de um ponto percentual do spread, considerado uma TAN de 5,625% e um empréstimo de 100 mil euros a pagar em 30 anos, resulta numa passagem da prestação mensal de 575 euros para 514 euros. Neste caso, no final de um ano, o cliente poupará 732 euros.

    Saiba mais sobre os prós e contras que pode encontrar no processo de renegociação do empréstimo habitação, e as condições especiais que vigoram em 2023.

  4. Não alertar o banco em caso de dificuldades financeiras

    Doença, desemprego, excesso de endividamento ou uma despesa avultada inesperada são situações que podem colocar desafios à gestão dos orçamentos das famílias, impedindo-as, por vezes, de cumprirem com os seus encargos financeiros.

    Seja por embaraço ou pela esperança de que a situação possa resolver-se em breve, frequentemente os clientes bancários tardam em contactar os bancos: quando lhes comunicam as suas dificuldades financeiras já estão numa situação limite, com prestações em atraso. No entanto, é importante lembrar que ao não pagar a prestação do empréstimo estará sujeito a penalizações graves.

    Para evitar chegar a este tipo de situações, deverá alertar o seu banco logo aos primeiros sinais de dificuldades financeiras. Assim, será mais fácil conseguir encontrar uma solução que lhe permita continuar a pagar os seus encargos sem comprometer a viabilidade do seu orçamento familiar.

  5. Ignorar os encargos com seguros

    Os seguros de vida e multirriscos habitação são uma componente importante dos custos totais do empréstimo da casa. Contudo, muitas vezes os clientes bancários não prestam a devida atenção a estes encargos. É aconselhável fazerem uma revisão das coberturas contratadas – porque ao fim de 10 ou 15 anos de vida do crédito podem já não ser as mais adequadas – mas também uma prospeção do mercado para verificar se existem seguradoras a oferecer prémios mais baixos.

    Caso encontrem seguros com valores competitivos e coberturas equivalentes, vale a pena ponderar uma transferência para outra companhia. Aprofunde os cuidados a ter em caso de transferência dos seguros.

  6. Desconhecer os apoios existentes e quando vigoram

    O mercado e a economia estão em constante mudança e evolução. E, periodicamente, os reguladores e os governos vão anunciando medidas (fixas ou temporárias) para proteger ou apoiar os clientes bancários, especialmente, em momentos de crise económica.

    É importante estar a par destas medidas para saber como recorrer a estes apoios e salvaguardar a sua estabilidade financeira.

    Neste momento vigoram alguns apoios temporários para ajudar as famílias com maiores dificuldades a renegociarem as condições dos seus empréstimos e a suportar os custos relacionados com o aumento súbito das taxas de juro. Descubra o tipo de mecanismos de ajuda direcionados a quem tem empréstimos habitação em vigor e como acioná-los.

  7. Não amortizar a dívida antecipadamente

    Quando existe uma folga financeira, os clientes bancários devem equacionar utilizar as suas poupanças para amortizar antecipadamente o crédito à habitação e assim reduzirem a fatura total com os juros suportados pelo empréstimo da casa.

    Por exemplo, uma família com um crédito à habitação no valor de 200 mil euros, a pagar em 40 anos, e com uma TAN média de 3,5%, suportará – só em juros – um total de 171,8 mil euros ao longo da vida do empréstimo. Se a mesma família conseguir reembolsar o financiamento 10 anos antes (em 30 anos em vez de 40), a despesa total com juros descerá para os 123,3 mil euros. Faça aqui a simulação para o seu caso pessoal e descubra quanto pode poupar pela amortização antecipada do seu empréstimo.

Como o crédito à habitação é a dívida mais importante que terá ao longo da sua vida, não “baixe os braços”: faça uma gestão ativa do seu empréstimo da casa e conte com a Twinkloo para apoiar a escolha das melhores soluções de crédito.

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