Crédito habitação jovem: como conseguir comprar a minha primeira casa?
4 dicas para tornar o acesso ao crédito habitação jovem mais fácil
Com vínculos laborais precários, baixos salários e poucas poupanças, muitos jovens portugueses debatem-se com dificuldades em aceder ao financiamento necessário para cumprirem o sonho de terem casa própria. Se este é o seu caso, conheça algumas das estratégias que podem facilitar o acesso ao crédito habitação jovem.
Comprar casa pode ser um exercício desafiante para os orçamentos de muitas famílias portuguesas num momento que as taxas de juro estão elevadas e em que inflação contínua a crescer, embora a menor ritmo. Para os jovens este objetivo parece ser ainda mais difícil de concretizar, até porque os elevados preços do imobiliário tornam mais difícil encontrar um imóvel à medida dos seus orçamentos e conseguir um crédito habitação jovem.
Mas nem só os altos preços do imobiliário são um entrave. Também algumas das medidas macro prudenciais, definidas pelo Banco de Portugal, podem dificultar o acesso ao crédito. É este o caso do rácio Loan To Value (LTV). Recorde-se que segundo as regras do regulador do setor financeiro, o LTV define a percentagem de financiamento que o banco pode conceder em função do valor do imóvel e no caso de uma habitação própria e permanente, esta percentagem não pode ultrapassar os 90%. Significa isto que os jovens clientes bancários têm de constituir poupanças para cobrirem a parcela que não é financiada pelo banco.
Acrescem as dificuldades relacionadas com o mercado de trabalho, já que muitos jovens têm vínculos laborais precários e debatem-se com modestos salários: de acordo com as estatísticas, 60,7% dos trabalhadores por conta de outrem, com idade entre os 20 e os 30 anos recebiam, em 2022, um salário inferior a 1.000 euros líquidos.
Este “cocktail” ajuda a explicar o facto de muitos jovens adiarem a saída da casa dos pais. Portugal é, aliás, o país da União Europeia onde os jovens deixam mais tarde a casa onde cresceram: em média, aos 33,6 anos, segundo dados do Eurostat.
Ainda assim, estas condições não significam que as portas do crédito habitação jovem se encontrem fechadas. Por isso, aqui ficam algumas dicas que vale a pena a conhecer e que podem ajudar os jovens a concretizar o sonho de terem casa própria.
4 dicas para tornar o acesso ao crédito habitação jovem mais fácil
Preparação e planeamento. Estas são palavras-chave para os jovens conseguirem implementar uma estratégia que lhes permita adquirir uma casa própria. O apoio da família é, também, um ponto a considerar.
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Conhecer o mercado imobiliário e o modo de funcionamento do sistema financeiro
Antes de começar a pesquisar imóveis é importante fazer o trabalho de casa. Isso implica conhecer bem a sua situação financeira, para apurar se tem rendimentos para suportar o pagamento da prestação do crédito habitação jovem, mas também estar a par das condições praticadas pelo mercado.
Sabe quais são os critérios que os bancos analisam quando avaliam um pedido de crédito? Sabe qual é o valor máximo da casa que pode comprar? E quais são os custos associados à compra de uma casa? Estas são algumas das questões que deverá colocar e avaliar antecipadamente.
Se não sabe por onde deve começar, leia mais sobre o que saber antes de comprar casa ou peça ajuda de um intermediário de crédito, como a Twinkloo por exemplo, autorizado pelo Banco de Portugal a intermediar e apoiar as várias fases do processo de um pedido de crédito, desde a identificação da melhor proposta à contratualização -
Arrendar e poupar… para depois comprar
Uma alternativa à casa própria poderá passar, numa primeira fase, pelo arrendamento, recorrendo para o efeito ao programa de arrendamento jovem Porta 65. Com este apoio estatal ao pagamento da renda, os jovens poderão conseguir já sair de casa dos pais, com um custo mais baixo do que um arrendamento normal, que lhes permita uma folga financeira nos seus orçamentos e, com alguma disciplina, ter maior capacidade para constituir as suas poupanças. Como tal, conseguirão reunir condições mais robustas para uma futura entrada na sua primeira casa e para verem aprovado o seu pedido de crédito habitação jovem.
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Considerar os imóveis detidos pelos próprios bancos
As regras do Banco de Portugal são claras: no caso do financiamento para a compra de casa destinada a habitação própria e permanente, os bancos podem conceder no máximo até 90% do valor do imóvel. No entanto, existem exceções. Uma das situações em que as instituições de crédito podem financiar até 100% do crédito à habitação é no caso dele se destinar à compra de um imóvel detido pelos próprios bancos. Por isso, vale a pena consultar os imóveis disponíveis nos portais dos bancos, bem como oswebsites das agências imobiliárias que trabalham com as instituições financeiras.
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Contar com o apoio de familiares
Obter o apoio dos pais ou de familiares mais próximos pode ser um fator desbloqueador do acesso ao crédito habitação jovem. Esse apoio pode ser concretizado de diversas formas. Por exemplo, através da atribuição de uma ajuda financeira inicial para que o jovem possa pagar a entrada do imóvel ou pela disponibilidade dos pais em serem fiadores dos seus filhos. Como fiadores, assumem as responsabilidades associadas ao crédito caso os filhos não consigam cumprir com as suas obrigações, pelo que esta é uma garantia valorizada pelos bancos.
A oferta de crédito habitação jovem pelos bancos e como tem vindo a variar
No passado, quase todos os bancos disponibilizavam soluções de crédito habitação especificamente dirigidas aos clientes mais jovens, apresentando para este segmento de clientes bancários um conjunto de condições diferenciadas. Em 2023, são poucas as instituições bancárias que mantêm condições especiais de crédito habitação jovem, mas continua a ser possível encontrar este tipo de oferta, dirigida aos jovens até aos 35 anos de idade. As vantagens destas soluções de crédito podem passar, por exemplo, pela redução de spreads, pela isenção de comissões ou pela ajuda dos pais, através da hipoteca da sua própria casa.
Neste sentido, antes de avançar, os jovens deverão procurar a solução de financiamento que seja adequada às suas características e condições pessoais, avaliando e comparando as diversas propostas de crédito. Uma das formas de o fazerem é socorrem-se da TAEG e do MTIC para que possam apurar qual será o custo real do seu empréstimo.
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