Conselhos para melhorar a eficiência energética da sua casa

4 estratégias para reforçar a eficiência energética da sua casa

Dados divulgados este ano pela Associação Zero indicam que 70% dos edifícios em Portugal são ineficientes do ponto de vista energético. Frio ou desconforto térmico, custos elevados com energia e problemas de saúde (como as doenças respiratórias) são algumas das consequências associadas à falta de eficiência energética nas habitações. Saiba como inverter esta situação.

Entre 660 mil e 740 mil pessoas em Portugal vivem numa situação de pobreza energética severa. Os números foram estimados no contexto da Estratégia Nacional de Longo Prazo para o Combate à Pobreza Energética 2022-2050 e revelam que há uma percentagem elevada da população portuguesa que se debate com sérias dificuldades em conseguir aquecer devidamente as suas casas no Inverno, em aceder aos serviços de energia adequados, ou mesmo, em fazer face às despesas com energia.

Em muitos casos, as suas habitações estão mal isoladas e apresentam infiltrações que favorecem o aparecimento de humidade e bolores, que por sua vez, causam impacto direto e indireto na saúde dos agregados familiares.

Se tem dificuldades em manter o conforto térmico da sua habitação (quer durante o verão, quer nos meses de maior frio), tome nota de alguns conselhos que pode implementar para melhorar a eficiência energética da sua casa.

4 estratégias para reforçar a eficiência energética da sua casa

Existem apoios financeiros públicos atribuídos diretamente às famílias que queiram fazer obras nas suas casas ou comprar equipamentos com o objetivo de melhorarem a eficiência energética das suas habitações. Além destes incentivos, existem pequenas medidas que qualquer família pode implementar para poupar na fatura energética e melhorar o conforto térmico das suas habitações. Saiba quais são.

  1. Candidate-se ao “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis”

    Mudar as janelas de uma casa ou isolar as paredes da habitação implica um investimento que nem todas as famílias podem suportar. Mas existe um sistema de incentivos que ajuda as famílias a suportar uma parcela considerável destas despesas. Trata-se do “Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis”, que tem uma nova fase com candidaturas abertas até 31 de outubro de 2023. Este mecanismo conta com uma dotação total de 30 milhões de euros e tem como grande objetivo apoiar o financiamento de medidas que promovam a reabilitação, a descarbonização, a eficiência energética, a eficiência hídrica e a economia circular e, com isso, contribuir para a melhoria do desempenho energético e ambiental dos edifícios.

    Mas como funciona na prática este apoio? Em termos resumidos, as famílias são reembolsadas de parte do valor que investiram na melhoria da eficiência energética das suas habitações. Para isso, são elegíveis os investimentos realizados nas seguintes tipologias de equipamentos:

    • Tipologia 1: Substituição de janelas não eficientes por janelas eficientes, de classe energética igual a «A+»;
    • Tipologia 2: Aplicação ou substituição de isolamento térmico em coberturas, paredes ou pavimentos;
    • Tipologia 3: Sistemas de aquecimento e/ou arrefecimento ambiente e de águas quentes sanitárias (AQS) que recorram a energia renovável, de classe energética «A+» ou superior;
    • Tipologia 4: Instalação de sistemas fotovoltaicos e outros equipamentos de produção de energia renovável para autoconsumo com ou sem armazenamento;
    • Tipologia 5: Intervenções que visem a eficiência hídrica.

    O programa estabelece um limite máximo para o valor que o candidato poderá receber pelos investimentos feitos em cada tipologia, assim uma percentagem de comparticipação, que varia entre os 65% e os 85% para a maioria das situações. Mas atenção: cada candidato poderá receber, no máximo, até 7.500 euros de apoio por edifício unifamiliar ou fração autónoma.

    Saiba mais detalhes sobre os requisitos e documentos necessários para apresentar uma candidatura ao Programa de Apoio a Edifícios mais Sustentáveis.

  2. Pequenas coisas que podem fazer a diferença na fatura energética

    Existem pequenas soluções que podem ser implementadas facilmente para manter o nível de conforto das habitações e evitar desperdícios energéticos, com reflexos nas contas da energia. Por exemplo: Pintar as paredes da casa com cores claras facilita a propagação da luz natural e, com isso, diminui-se a necessidade iluminação artificial durante o dia.

    Se precisar de comprar um eletrodoméstico novo, opte por adquirir um equipamento com a etiqueta energética A, pois são os mais eficientes e, como tal, consomem menos energia. Ainda neste campo, sabia que o modo como utiliza os eletrodomésticos influencia o consumo energético? Por exemplo, ao cozinhar no forno, deve evitar abri-lo desnecessariamente. Segundo o Guia de Eficiência Energética, da ADENE - Agência para a Energia, de cada vez que o forno é aberto perde-se 20% da energia acumulada no seu interior.

    Mesmo pequenos gestos – como fechar as cortinas e as persianas durante a noite – ajudam a evitar perdas de calor significativas durante o Inverno.

  3. Invista no isolamento térmico para melhorar a eficiência energética

    Este é um dos pontos críticos para assegurar o conforto térmico da sua casa. Quanto melhor for o isolamento, menor a necessidade de recorrer a equipamentos de aquecimento (ou de arrefecimento) para climatizar as diversas divisões da casa. Como resultado, há uma maior probabilidade de obter poupanças com a fatura energética.

    Mas o que pode ser feito para melhorar o isolamento de uma casa? A implementação de janelas eficientes, em caixilharia PVC e com vidros duplos, ajuda a evitar perdas de calor. Ao mesmo tempo, a aplicação de materiais isolantes, como a cortiça – por exemplo, para o pavimento –, ajudam a preservar a temperatura, funcionam como um isolante acústico e previnem o aparecimento de humidade. Também as paredes podem ser alvo de intervenções para melhorar o seu isolamento interior, sendo os materiais mais usados para este efeito os painéis rígidos de lã ou o poliestireno expandido e extrudido.

  4. Prepare-se para o Inverno e conheça o sistema de aquecimento mais adequado

    Com a chegada do tempo frio, a fatura energética dispara. Na verdade, e segundo os números oficiais, cerca de 80% das necessidades energéticas das famílias na Europa concentram-se no aquecimento e nas águas quentes para fins domésticos. Mas muitas famílias desconhecem qual o sistema de aquecimento mais adequado para a sua situação. Se este é o seu caso, utilize o simulador online do projeto europeu HARP para conhecer qual é a classe energética dos seus equipamentos de aquecimento e também para identificar as melhores soluções caso necessite de substituí-los.

    Não se esqueça: ao otimizar o consumo de energia na sua casa e ao fazer as melhores escolhas de equipamentos e soluções para preservar a temperatura e o nível de conforto da habitação, estará a obter um conjunto alargado de benefícios, tais como:

    • Maior conforto térmico;
    • Diminuição da fatura energética;
    • Mais e melhor saúde;
    • Valorização do imóvel;
    • Maior sustentabilidade ambiental.

Se está a pensar em comprar casa, o certificado energético do imóvel que tem em vista pode ser importante para tomar uma decisão final. Além de analisar a classe energética inscrita no documento, verifique também os indicadores relativos ao “aquecimento ambiente”, ao “arrefecimento ambiente” e à “água quente sanitária”. Dessa forma, terá uma ideia mais precisa do nível de conforto térmico proporcionado pelo imóvel. E se precisar de financiamento para adquirir a casa ambicionada conte com a Twinkloo para encontrar a solução de crédito à habitação mais indicada para o seu caso pessoal. Faça a sua simulação aqui.

imagem de telefone LIGUEM-ME
GRÁTIS