Devo fazer a transferência do crédito à habitação para outro banco?

Transferência do crédito à habitação: como saber se compensa ou não?

Transferir, ou não, o crédito à habitação? Eis a questão. A solução mais aconselhada dependerá sempre da situação específica de cada um, mas em muitos casos a transferência do crédito à habitação pode levar a poupanças consideráveis na prestação mensal, que irão refletir-se em milhares de euros poupados no final do empréstimo. A Twinkloo explica-lhe o que ter em conta para avaliar se esta mudança compensa.

Num momento em que as taxas de juro estão a subir e as famílias lidam com sucessivos aumentos dos encargos mensais com o empréstimo da casa, torna-se imperativo analisar “à lupa” as despesas que mais pesam nos orçamentos familiares e encontrar soluções para diminuir esses encargos. Uma das vias possíveis passa pela transferência do crédito à habitação para um outro banco que ofereça melhores condições de financiamento.

Num artigo recente, mostrámos como uma família com dois créditos – um para a aquisição de habitação própria e permanente e outro para obras – conseguiu poupar 1.100 euros por ano (11 mil euros ao final de uma década) com a transferência dos empréstimos.

Contudo, é importante ressalvar que a transferência de um crédito à habitação pode nem sempre compensar: ou porque as condições do seu empréstimo à habitação já são competitivas face à oferta disponível no mercado, ou porque o prazo de reembolso do empréstimo está perto do fim e o capital em dívida é muito baixo – e, como tal, deixa de ser interessante para os bancos receberem o crédito transferido. Também o próprio perfil de risco do cliente pode influenciar as variáveis desta equação.


Se tem um crédito à habitação há vários e anos e nunca analisou as condições do seu empréstimo, nem renegociou com o seu banco, é possível que esteja a pagar um spread elevado e exista margem para baixar os seus encargos: ou através de negociação com o seu banco ou pela transferência do crédito à habitação para outra instituição financeira. Saiba como analisar se vale (ou não) a pena mudar de banco.

  • Conheça as condições do seu crédito: o primeiro passo é verificar as condições atuais do seu crédito à habitação. Isso implica conhecer não só qual o valor do spread que está a suportar neste momento, mas também as condições dos seguros associados ao empréstimo (seguro de vida e seguro multirriscos). Recorde-se que não só pode transferir o crédito à habitação para outro banco, como também pode mudar os seguros para uma outra seguradora. Ao renegociar as apólices do seu crédito tem a possibilidade de obter poupanças consideráveis ao longo de vida do empréstimo, podendo também melhorar as condições dos seguros e reforçar a sua segurança.
  • Faça simulações: compare as condições do seu crédito com as ofertas disponíveis em outros bancos para perceber se existe alguma instituição de crédito que ofereça melhores condições de financiamento. E não olhe apenas para o valor do spread proposto. Utilize dois indicadores para comparar as diferentes propostas: o MTIC – montante total imputado ao consumidor e a TAEG – taxa anual de encargos efetiva global. Não se esqueça ainda de prestar atenção aos prazos dos empréstimos oferecidos e de analisar a necessidade de subscrição de novos produtos serviços financeiros (cartões de crédito, PPR ou outros que sejam propostos). Para ajudar a perceber – de forma mais rápida – qual é o banco que apresenta as melhores condições, utilize o simulador de transferência de crédito da Twinkloo.
  • Recorra aos serviços de um intermediário de crédito para o apoiar neste processo: porque o trabalho de pesquisa de mercado e de negociação com as instituições de crédito exige tempo, disponibilidade e conhecimento, pondere a possibilidade recorrer a um intermediário crédito especializado e autorizado pelo Banco de Portugal para encontrar a solução financeiramente mais vantajosa e apoiar a transferência do crédito à habitação. Mas não só. O intermediário vai ajudá-lo também a lidar com toda a parte burocrática e administrativa associada ao processo de transferência de crédito entre os dois bancos.

Um outro aspeto a analisar durante este processo são os eventuais custos que terá de suportar com esta operação (como comissão de reembolso antecipado, juros devidos até à data do reembolso antecipado ou despesas que o banco original teve com conservatórias, cartórios notariais ou administração fiscal por conta do cliente).

Saiba, no entanto, que vários bancos realizam campanhas nas quais suportam os encargos associados à transferência de um empréstimo e à criação de um novo crédito, pelo que esta é uma oportunidade a considerar.

Se tem dúvidas sobre se compensa ou não avançar com a transferência do crédito à habitação, fale com a Twinkloo.

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